quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Credibilidade



Hoje vou falar sobre uma coisa totalmente pertinente à minha realidade. Acho que posso chamar de credibilidade isso que os médicos, para mim, não tem mais.

Desde pequeno tenho crises de tosse que duram meses e nenhum médico conseguiu até hoje entender e dar uma solução. Em muitos dos casos a tosse é disparada pela gripe então o natural dos médicos é receitar medicamentos contra a famosa “virose”. Todos que já foram ao médico sabem que hoje em dia essa é a resposta padrão que eles tem. Ficamos então sem saber se realmente existem tantas viroses assim ou se é falta de conhecimento e interesse dos médicos com relação aos pacientes. Sou levado a acreditar na segunda opção pelo fato de muito raramente uma consulta com um médico resultar em uma solução para o que sinto. Olha que já consultei médicos quando estava simplesmente tossindo ( depois da gripe passar ).

Não só isso. Sempre senti dores pelo corpo todo desde que passou aquela época que os homens vivem de crescer muito em um ano ou dois. Essas dores nunca passaram com os esportes e quando parei de fazer atividades físicas elas não chegaram a diminuir ou mudar muito. Por quase uma década insisti que não era simplesmente dor de crescimento como os médicos alegavam. Finalmente, um médico, que já havia dado esse diagnóstico vários anos atrás, percebeu que não fazia sentido que eu, com 23 anos de idade, estivesse sentindo dores de crescimento e percebeu que eu deveria ter algo diferente.

Um encurtamento muscular provavelmente herdado da família agravado pela falta de atividade física.  Ele disse até que, talvez, atividades de impacto como corrida e futebol pudessem ter agravado meu problema se eu praticasse. Receita? Reeducação Postural Global ( RPG ). Fiz o RPG e funcionou. Nada mais de dores. A medicina foi eficiente, em termos, dessa vez.

Mesmo assim me pergunto, vista a resposta do médico e os resultados do RPG, se um pouco mais de cuidado e observação não teriam me poupado de anos de dores. Uma década de dores todos os dias em diferentes pontos do corpo. Há que se lembrar que o tal médico, quando da primeira vez me diagnosticou com “dores de crescimento”,  demorou não mais do que dez minutos para dar a “solução” do problema.

Vejo ao meu redor pessoas com problemas de saúde que não passam ou com com diferentes problemas que se alternam num ciclo sem fim e pergunto: Por Que?

Como professor tenho sentido dores de garganta ultimamente e fui consultar com um otorrinolaringologista. A consulta durou menos de 10 minutos. Nesse tempo ele me perguntou sobre o problema, olhou por alto minha garganta e nariz e me indicou um exame. Me pergunto: como os médicos podem determinar em 10 minutos todos os problemas possíveis que você tem?

Credibilidade. Como posso acreditar, quando vejo e sinto na pele a distância entre os diagnósticos e a solução para os problemas?
Cada vez mais acredito que está e sempre esteve na natureza e na nossa mente a solução de todos os nossos problemas. Difícil é colocar em prática, porque demanda uma alimentação impecavelmente saudável e uma grande quantidade de força de vontade e treinamento mental.

Felizmente ainda existem alguns poucos bons médicos por ai como um clinico geral que consulto com frequência e consultarei semana que vem. O nome dele é Anibal José Campos Pacheco. Acredito nele como não acredito em nenhum outro. Um médico que sabe muito de tudo e que, além disso, é cantor de coral. Um médico interessado em você que te pergunta todas as coisas imagináveis e não imagináveis ( até a sua profissão ele anota ).

Vendo esse médico fica a esperança que venham a aparecer mais médicos como esse e que ainda existam no futuro alguns em quem possamos confiar. Nesse meio tempo vamos nos virando na incerteza, com medo do que pode aparecer em seguida.

PS: Minha tosse só passa com xarope natural feito com medidas iguais de suco de limão ( puro ), conhaque e mel. Tomando um colher de vez em quando. Nada recomendado pelos médicos. Talvez seja essa a solução!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Loucura



Acabei de assistir o programa “A Liga” que, no episódio de hoje, visitou hospitais psiquiátricos e conversou com pacientes e terapeutas. Dois dos apresentadores passaram 24 horas num hospital, acompanhando e participando da rotina, conversando (com pacientes e profissionais) sobre o que era estar ali, como eles chegaram e como eles se sentiam.

Chocante, contundente, triste, revoltante, mas com uma pitada de esperança. É só assim que posso descrever o que vi.

De certa forma, o que mais me impressionou não foi a rotina deles e o quão trabalhoso é cuidar daquelas pessoas. O que mais me impressionou foi perceber o quão lúcidas aquelas pessoas estavam sobre a sua condição e sobre a posição do mundo externo com relação a eles. Vários demonstraram e disseram que foram discriminados, rejeitados e até maltratados pelos familiares e amigos. Vários estavam naquela situação havia décadas.

Gostei muito da abordagem do programa de mostrar tanto o ponto de vista do terapeuta quanto do paciente sobre o local, sobre a história de cada um, sobre os problemas, tratamentos e as reações individuais.

Vida com dignidade. É isso que eles estão ali alcançando a cada dia, dando, para isso, passos pequenos e constantes. Foi possível ver pessoas que sofrem, mas que seguem lutando para melhorar e alcançar a tão sonhada alta. Poder um dia viver fora dali, fora de uma vida que nenhum deles adotou por prazer e vontade própria, fora de uma vida que não deixa de parecer uma prisão, como disse uma paciente.

Igualmente impressionante foi ver como a presença externa no ambiente deles trouxe excitação. Os apresentadores, que ficaram 24 horas com os pacientes, disseram ao final ter aprendido sobre afeto, amizade e criatividade. Eu poderia acrescentar também humanidade. Trazer um estimulo que os faça sentir mais humanos, queridos, importantes, únicos, vivos.

Pergunto-me, como o programa propôs, qual é a fronteira entre a sanidade e a loucura. Pergunto-me se somos nós os loucos ou eles. E digo que, essas perguntas vêm do fato de que, ao tratarmos essas pessoas com desprezo e preconceito estamos piorando a vida delas. Estamos prejudicando o árduo processo pelo qual passaram para a melhora.

Se somos todos humanos, cidadãos, livres e de igual direito, porque não darmos a essas pessoas o devido tratamento? O hospital mostrado na reportagem provavelmente é um bom centro de referência no assunto. Imagine o que deve existir de pior por esse nosso enorme país? Imagine pacientes à mercê de funcionários despreparados, em locais insalubres que não fornecem nada que seja de auxilio à melhora?

“A humanidade é desumana”.........acho que já vimos algo desse tipo por ai, não é mesmo? Vejo que não há mentira alguma nessa frase. Clichês algumas vezes dizem o que insistimos em não ouvir. Acho que é esse o caso.

Com um pouco de atenção, paciência e carinho vários pacientes se mostraram alegres e quem sabe o que essa alegria vai mudar em seu tratamento? Quem sabe talvez mais um passo em direção ao sonho da vida exterior? Ver humanidade em meio àqueles que estão à margem da sociedade devia ser motivo de vergonha para todos nós.

Explicando os sentimentos do início só posso dizer que me sinto triste porque essas pessoas tem que passar por tanto sofrimento, revolta por imaginar como são deixadas de lado por todos nós, mas esperança ao ver que podemos mudar isso com pouco.

Minha forma de ver essas pessoas nunca mais vai ser a mesma. Admiro muito mais agora os profissionais competentes que trabalham nessa área. 

Como concluir sobre algo tão contundente e chocante? A mistura de sentimentos que me tira as palavras e me trás lagrimas, só me permite dizer que loucos devemos ser nós que abandonamos quem mais precisa às margens da vida.


sábado, 3 de novembro de 2012

Sugestões para o fim de semana



Para dar uma balançada no finalzinho do sábado e no domingo, estão em seguida três sugestões boas. A primeira delas foi descoberta numa festa de rua promovida na região leste de BH pela banda Joupive (www.joupive.com.br) em parceria com outras bandas. Rolou lá no som entre as bandas uma música das antigas que tem um groove bem legal.

Vai ai Fastlove do George Michael:


A segunda é uma composição do Seu Jorge para a novela Salve Jorge. Tem uma letra interessante que usa o motivo “São Jorge” para caracterizar o povo brasileiro. Sem falar do groove que também é bem legal ( e bem diferente da primeira sugestão).

Segue então Alma de Guerreiro do Seu Jorge:


Pra finalizar, vai uma sugestão que esteve na televisão no comercial do “Aquarius Fresh”, que é uma música que mistura um groove interessante com a batida eletrônica. Como provavelmente esse artista é o mais desconhecido então vale falar dele. O cara por trás da música é um produtor e DJ francês que estudou computação gráfica e trabalha em várias frentes como comerciais, vídeos e música.Interessados: Breakbot

Pra finalizar então, Baby I’m Yours do Breakbot:


Agora só ouvir que o esqueleto balança sozinho. 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Interesse Publico



Vendo jornal na televisão essa semana, vi dois acidentes acontecerem no mesmo lugar no anel rodoviário em Belo Horizonte. A pergunta “até quando?” já está virando um grande clichê. Mais uma vez a imprudência dos motoristas, aliada à baixa qualidade e segurança dessa via tão utilizada, causou mais um acidente. Mais vidas foram perdidas. Mais vidas serão perdidas. A nossa vontade é de continuar repetindo aquela pergunta clichê ali de cima porque realmente não vemos atitude na direção de uma solução para o anel e para outras tantas vias de Belo Horizonte e até do Brasil como um todo.

Me pego pensando mais do que simplesmente na questão do trânsito. Me pego pensando em interesse. O que é interessante para o poder público?  É interessante resolver de uma vez por todas os problemas das cidades? Por que coisas simples que se repetem ano a ano não são mudadas?

Vemos todos os anos a chuva exceder a incompreensível máxima prevista para cada mês. Com as chuvas, vemos os mesmos alagamentos, os mesmos desmoronamentos e o mesmo caos urbano. Vemos o anel rodoviário (Belo Horizonte) repetidamente reclamando o preço pelo descaso.  Vemos a criminalidade se refazendo ano a ano como se não houvesse obstáculos. Isso pra citar pouco...

Acredito que não há interesse, pois, se os problemas fossem resolvidos, a população exigiria cada vez mais. Com a exigência aumentando, naturalmente chegaria o momento em que o problema em voga seria a corrupção e a ineficiência do poder publico. Não que isso não fique em evidência. A verdade é que está bem claro ( e tem ficado cada vez mais ) para todo cidadão que o governo não tem lá muita proatividade e agilidade, mas com tantas tragédias a observar o povo não tem tanto tempo (ou vontade) para prestar atenção no problema principal. Dessa forma políticos corruptos e incompetentes vão se sucedendo no poder, enriquecendo às custas do nosso esforço.

Acredito que realmente seja uma questão de distrair a população. Impedir que os problemas acabem e que a população acorde desse eterno “sono” em que vive. É como dizem por ai: “informação é poder”. Mais um clichê que nesse caso é bem aplicável. Dê ao povo a capacidade de enxergar claramente os problemas do país e tudo mudará, distraia o povo e seu caminho estará livre para fazer o que você quiser.

Noticias boas se alternam com desastres. Desastres novos se sucedem no noticiário vindo muitas vezes em blocos de ocasiões semelhantes num curto período de tempo. E assim o povo vai sendo levado na conversa enquanto o problema vai continuando.

A solução de muitos dos nossos problemas infelizmente passa então pelo despertar do povo para essas questões (isso sem falar em conscientizar o povo a respeitar as leis...). Passa também pelo dia em que todos sairão na rua para mudar isso tudo. Enquanto não exigirmos o máximo de quem nos governa seremos indefinidamente levados nesse ciclo vicioso.  Será que a gente consegue?

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Yanni em BH


Yanni em Belo Horizonte

Acabei conhecendo o Yanni mesmo por causa de uma amiga que me apresentou e me deu o DVD dele “Live at The Acropolis” filmado em 1994 na Grécia. Descobri que já conhecia uma música dele de uma compilação que meus pais já tinham desde que eu tomei consciência de mim.

Quanto mais assistia ao DVD mais gostava das músicas. Emocionantes, ricas e ao mesmo tempo simples. De uma simplicidade que só mesmo um grande compositor conseguiria (nada de confundir simplicidade com simploriedade).

Quando, por acaso, descobri o show dele em BH (dia 16/10/2012) fui logo comprando sem saber muito o que esperar. O que vi nas 2 horas e 20 minutos de show me impressionou.

Um repertório repleto de clássicos e músicas recentes tocadas todas com absoluta maestria da incrível banda selecionada a dedo. Além da competência do próprio Yanni.

Os músicos selecionados por ele são das mais diversas origens. Músicos eruditos e populares, de países latinos, da Europa e da Ásia. E mais impressionante ainda é ver que ele consegue dar um espaço para que cada um dê a sua contribuição, utilizando elementos musicais característicos de suas culturas para enriquecer ainda mais o todo. E esse espaço não é nos vários momentos de solo dos músicos. Espaço dentro das músicas em si.

É admirável um músico famoso dar espaço para músicos diversos de diversas nações. A exemplo do tecladista Ming Freeman que se tornou conhecido ao começar a tocar com o Yanni.

Além da competência de todos devo ressaltar a simpatia do personagem principal. Por mais de 2 horas se mostrou sorrindo, interagindo com a plateia além de interagir e comandar os músicos. Uma pessoa feliz e positiva que, como o próprio disse, não gosta de guardar nada de negativo que tenha na vida.

Um último ponto a ressaltar foi a estrutura do evento. O som estava impecável como nunca esteve nesses mais de 10 eventos presenciei no Chevrollet Hall. Além disso, houve tradução simultânea para o que o Yanni falava, o que facilitou muito a comunicação. Foi interessante por exemplo ver que não havia grades separando o palco da plateia e mesmo assim não houve nada de negativo.

Para finalizar, deixo um vídeo gravado nos EUA de um momento que aconteceu também em BH que foi um solo do harpista Victor Espinola em sua harpa paraguaia.

Assistam:
Uma verdadeira aula de música!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Filtro



Existe um assunto que sempre foi ou sempre deveria ter sido de relevância e que com a internet parece tomar uma proporção mais séria. O assunto é a confiabilidade da informação e como selecioná-la.

Com o tempo passando e a tecnologia distanciando as pessoas (em termos de contato real) é normal que a informação comece a ser acessada muito mais virtualmente do que de qualquer outra forma. 

Eu pessoalmente, mesmo tendo apenas 23, ainda sinto um pouco a falta do contato com o papel, do contato olho no olho. 

No contato olho no olho pode-se avaliar melhor qual é a reação da pessoa a cada coisa que ela mesma fala ou que você fala. Mesmo um bom mentiroso não é perfeito. Sempre haverá como pegar a pessoa num momento ou em outro. Penso que isso facilita a seleção da informação.

Por outro lado fico pensando que, em termos de averiguar a veracidade da informação, o livro não se diferencia muito da internet. O acesso ao autor era até mais difícil (quando a internet não era tão usada) do que é hoje. Então o homem confiava simplesmente no nome da empresa ou na quantidade de vendas do livro. 

Mesmo assim ainda tenho a impressão, que acho que muitos também têm, de que o livro passa mais credibilidade. Imagino que tudo se deva ao fato de que existe muito mais do que podemos ver no mundo virtual. 

Acho que acabamos nos apegando a um livro. O livro começa e acaba ali onde se pode ser. Essa ideia tão concreta de tamanho penso que acaba passando mais segurança. Pelo menos aos mais velhos (me acho velho às vezes). 

O virtual parece ter caído como uma luva para aqueles que gostam de se esconder por traz de fachadas para enganar. Acho que isso e uma certa resistência a mudar de paradigma acabam fazendo com que muitos sintam uma desconfiança pelo virtual e tecnológico.

De qualquer forma é totalmente natural, e acredito que também necessário, desconfiar. A desconfiança pode ser uma benção se usada moderadamente. Natural do povo mineiro, esse atributo em doses moderadas vai te permitir receber uma informação e questionar a veracidade do que se lê para pelo menos garantir que você não está aceitando qualquer coisa a qualquer hora. 

É saber que aquilo que se lê não é totalmente confiável, mas que tem valor. Mais importante do que só isso eu acho que é a consequência natural dessa atitude. Acredito que quando você souber ouvir de tudo avaliando o que é bom ou não você se torna mais inteligente, mais capaz de decidir, mais aberto a conversas com o outro. Enfim, uma pessoa muito melhor. E adquirir essa capacidade é muito difícil. É saber desistir momentaneamente das suas convicções para poder ver as do outro.

Pode reparar leitor que as melhores conversas da sua vida devem ter sido com pessoas que sabiam te ouvir, opinando e avaliando vários dos lados possíveis.

É utópico pensar que um dia todos vão saber selecionar perfeitamente a informação que recebem. É utópico imaginar que eu mesmo vou uma dia conseguir selecionar da melhor forma o que eu vejo, mas ainda sim acredito que tentando vou me tornando melhor. Um passo de cada vez, seja pra frente ou pra trás, mas sempre
dando o passo.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Onde isso tudo vai dar?



Há um assunto que já conversei com diversas pessoas, de diversas idades, informalmente e no local de trabalho. Esse assunto é basicamente a pergunta: Onde isso tudo vai dar?

Tendo lidado com crianças de 8 até 12 anos puder perceber que elas não tinham muito respeito e fiquei pensando até onde isso é normal da idade? Fui percebendo aos poucos, pela observação, que os pais daquelas crianças que eu achava desrespeitosas não pareciam saber muito bem sobre seus filhos. 

Pensei comigo: Será que esses pais realmente conhecem seus filhos?

Me peguei respondendo com um poderoso "não". Um "não" que me dizia que os filhos e seus pais não tinham muito contato. 

Vida Moderna

Com a rotina que a vida moderna nos impõe, trabalhamos boa parte das horas dos nossos dias, além de termos de gastar várias horas no trânsito, com trabalho feito em casa, com as tarefas do lar, com preparação para o trabalho. Pensando num pai com seus filhos seria quase metade do dia sem poder ter tempo de qualidade com os filhos. Visto que as crianças a todo tempo estão aprendendo, isso significa que são quase 12 horas em que as crianças estão aprendendo algo que não veio de seus progenitores. 

Nas palavras da educadora nacionalmente famosa Luziana Lanna, as crianças de hoje em dia são orfãs. Elas estão recebendo limites de outras fontes. Por isso há a impressão geral de que as crianças não respeitam limites, regras, pessoas mais velhas e etc. 

Imagine-se tendo um máximo de 4 ou 5 horas do seu dia com seus pais sendo que, nessas horas, eles estão exaustos de seus trabalhos ou de noites mal dormidas. E além disso esse tempo é dividido entre os filhos e o próprio casal. 

As crianças não estão tendo formação de caráter pois não tem contato com os pais. O resultado é visto todos os dias para todo lado.

Tecnologia

Some a isso o fato de que o desenvolvimento tecnológico trouxe a informação para o alcance dos dedos. A circulação da informação em altissima velocidade só piora. Não porque a internet é uma grande vilã e sim porque, com a ausência do contato com os pais, as crianças não aprendem a filtrar e selecionar essa grande quantidade de informação. Isso falando só da internet, sem falar da televisão e outros.

Escola

Junte mais um fato que é o foco da escola brasileira. A escola no nosso país foca em formar candidatos para o vestibular. Os jovens nada aprendem de leis que lhes são uteis todos os dias, educação no trânsito, na cidade e com o próximo, esportes, música, artes marciais, leitura por prazer e filosofia.

Referência

As crianças precisam de referência. Elas aprendem pelo exemplo. Quantas vezes você, pai, se viu falando não e mesmo assim seu filho fez o que foi proibido? Muitas. Ele fez porque copiou. Viu, imitou e aprendeu. A internet está cheia de informações que nem mesmo adultos conseguem selecionar bem imagine então as crianças?

Todos os humanos tem básicamente quatro fontes de referência: familia, escola, amigos e idolos. Sendo que a familia é a primeira e a base. Então junte o que foi lido acima e perceba que a familia está sumindo e a escola sozinha não consegue formar caráter. Sobra quem? Os amigos que também não tem referência, limites, respeito.... E os idolos que são peças idealizadas da midia. Poucos conhecem Lady Gaga, Justin Bieber e outros pessoalmente. A imagem deles na midia, o que falam e fazem é o que fica para as crianças. Independente do que eles são por trás da fama. 

Onde isso tudo vai dar?

Pais trabalhando demais sem tempo para educar, crianças desamparadas, orfãs, perdidas. Como vamos resolver isso e garantir um bom futuro para eles? Não acredito que vamos conseguir reduzir as jornadas de trabalho de todos. Não acredito que consigamos censurar a internet e tenho certeza que isso não seria nada benéfico para o resto do mundo.

O que vamos fazer? Colocar as crianças na escola por período integral e afastá-los ainda mais dos pais?

O futuro que se apresenta é negro se não fizermos algo para mudar essa realidade!

Inauguração


Inauguração desta página que vai ser destinada na verdade a uma miscelânea de coisas diferentes.Noticias, comentários, opinião sobre assuntos diversos do polêmico ao comum, sugestões de filme, música, enfim, muita coisa. Comentários são muitíssimo bem-vindos principalmente quando respeitam a paz e a opinião alheia. Comentários construtivos são absolutamente essenciais para todo ser humano.

Enfim, espero que você leitor goste do que vai encontrar aqui e que volte sempre para ler, comentar, curtir e
deixar sua palavra.

Vamos à caminhada....